Pegada em forma de livro
Acaba de sair o primeiro título de uma nova editora. Com um forte abraço ao João Carlos Alvim e à filha Joana, aqui ficam votos de longa vida para a Pegada do Yeti, que assim se apresenta:
Para o imaginário popular, o Yeti constitui, não apenas uma criatura prodigiosa e esquiva, mas ainda uma espécie de monstro de antanho, que sobrevive a todas as catástrofes e, de vez em quando, onde menos se espera, lá imprime a sua teimosa pegada.
É esse papel que também nós tentaremos representar, no mundo da edição. Aí onde a quase todos parece deliciosamente pós-moderno o refúgio na literatura de evasão, na deliquescência da auto-ajuda, se não até no simples lixo editorial, a Pegada do Yeti ensaiará um porfiado trabalho em prol da memória do que fomos mas também da busca de caminhos para o futuro, que permita que o leitor vislumbre o insólito que se oculta por detrás do habitual, e lhe dê assim espaço para imaginar outros mundos diferentes.
Estaremos seguramente pouco na moda. As nossas capas não resplandecerão a várias cores, não ostentarão imagens sexy, não apregoarão aos quatro ventos que os livros que editamos são as mais indiscutíveis obras-primas da última quinzena. Mas em contrapartida prometemos cuidar até onde nos for possível da qualidade dos textos, e propor aos que nos forem seguindo um certo número de obras em que se tenta seriamente compreender (e às vezes criticar) aquilo que fomos, aquilo que vamos sendo, aquilo que poderemos, no futuro, ser.
Por tudo isto, a Pegada do Yeti dirige-se aos leitores mais ambiciosos. Aos que têm um elevado nível de exigência. Aos que procuram outro tipo de livros, diferente do que hoje predomina. Aos que acabam de descobrir o prazer da leitura e necessitam de algo mais: mais qualidade, mais emoção, mais sabor, mais prazer, mais inteligência. Mais vida.