Dia de Camões e desta «mãe louca/que às vezes se imagina por madrasta»
A esta alta intenção fica obrigado
quem tanja lira ou pelas demais artes
sirva a brusca verdade do buscado
por tanto tempo e homem, polas partes
do mundo conhecido e do ignorado.
O talento, Natura, não repartes
de modo igual por todos. Mas quem canta
e o seu vero busque, os mais decanta.
As Quybyrycas - poema ético em oitavas que corre como sendo de Luís Vaz de Camões em suspeitíssima atribuição de Frei Ioannes Garabatus - Canto Dois, CXXXI (publicado originalmente em Moçambique, com prefácio de Jorge de Sena, em 1972; Edições Afrontamento, Porto, 1991).