segunda-feira, 9 de maio de 2011

Livros da feira

Parágrafo de um texto sobre os quarenta anos de Diário de João Bigotte Chorão (Diário Quase Completo, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 2001), amigo e mestre – tenho presente a observação de Goethe segundo a qual chamamos mestres àqueles de quem estamos sempre a aprender, embora nem todos aqueles com quem aprendemos alguma coisa mereçam esse título –, publicado na revista Foro das Letras, dirigida por António Osório: «Figuração de diária resistência interior, o Diário vai traçando um itinerário de ‘vozes fraternas’ que falam‘da mesma angústia, tornando assim menos solitária a nossa solidão’, fazendo surgir a nossos olhos da primeira à última página uma verdadeira e aristocrática ‘família espiritual’ consagrada pela admiração literária e artística, sem outro compromisso que não seja a adesão a um estilo literário, a um fulgor intelectual, a uma visão do mundo, a um universo de valores, ou, ainda, à grande âncora da amizade.»