sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Memórias Intactas

Entrei no restaurante do Trastevere como numa comédia de Risi. Em meio de um Agosto sufocante, a mulher que me atendeu lamentou, profusamente, o mau funcionamento do frigorífico. Insisti, apesar disso, num vinho branco e corpulento. O serviço foi atribulado, os scalopini al gorgonzola excelentes. No fim, estenderam-me, num gesto largo, liberal e moscovita, uma garrafa de limoncello e, em alternativa, uma grappa de frutos silvestres. Bebi, sem pudor, de ambas. À saída, encontrei um grupo de residentes brasileiros e, exuberantes, juntos saudámos Roma, a bela, e a Língua portuguesa.