segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Cioran

Estou infinitamente mais próximo da música e da poesia do que da sabedoria ou da religião. É que, para mim, o absoluto é uma questão de disposição. Exige continuidade, que é precisamente o que me falta.
Sou demasiadamente melancólico para conseguir providenciar o esforço necessário ao mínimo aperfeiçoamento interior. Não posso ser senão o que sou. Como Deus...

Cioran, Cahiers 1957-1972, Gallimard, 1997.