terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Resistência íntima

Num mundo em que ninguém quer passar por antiquado, estimo o anacronismo, a resistência íntima às formidáveis evidências das novidades últimas. Sinto-me um pouco como Stefan Zweig quando disse a Hermann Hesse, numa carta datada de 25 de Maio de 1918: «entre nós e o mundo novo não existirá nunca um perfeito acordo».
Mas com uma fundamental diferença: não se me impõe a nostalgia de um «passado mais feliz», nem tenho quaisquer ilusões sobre um futuro de novo «puro e digno de ser vivido».