segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Memórias Intactas/ leituras

Belle du Seigneur*, o romance enorme e perturbante de Albert Cohen penetra o reverso da candura romântica e dos sentimentos idealizados, um olhar implacável sobre a paixão, os seus delírios e convulsões. Sinuoso, íngreme, inóspito, terrível, desenrola-se muito mais no interior das personagens do que nos lugares onde estão ou por onde passam. Difere em tudo isso de tantos romances, talvez estimáveis alguns, que por aí se fazem a régua e esquadro.

*Publicado em tradução portuguesa pela Contexto, há muitos, muitos anos. Quem ousará publicá-lo de novo?